Quantificar o egoísmo
- Glória Martins
- Jun 15, 2016
- 2 min read
Não faz sentido nenhum tentar perceber ou justificar o que aconteceu em Orlando.
Foi um puro acto de maldade, como mais um que ocorre diariamente num mundo egoísta e agarrado aos bens materiais. Num mundo que se generaliza para apontar o dedo ao que diz serem minorias. Só porque as minorias são o outro e não nós.
Não compreendemos nem queremos compreender a diferença. Dá trabalho e é surreal para alguns perceber que há quem tenha coragem de viver a sua vida de forma diferente daquilo que conhecemos ou que nos foi ensinado como "normal".
Falam em moral, falam em normas, falam em família, como se fossemos robôs sem cérebro a circular num mundo paralelo.
As prioridades estão todas trocadas. A quantidade vale mais do que a qualidade. E parece ser justo para alguns hierarquizar o amor. Como se fosse assim tão simples e tudo tivesse um valor de mercado associado. Como se a moral que alguns bramam fosse sequer justificável para actos bárbaros.
Há pessoas que não se compram. Há orgulhos que se baseiam em dádivas. Há quem não se cale com medo.
Há amor livre!
O amor é dar. Seja como for, a quem for, de que forma for.
A única coisa realmente importante na vida é ser feliz e/ou fazer alguém feliz. Com o pouco, mas o mais importante que temos, o amor por nós e pelo nosso próximo. Cada um faz com esse amor o que quiser. De preferência o bem. Seriamos todos tão melhores assim.
Tudo o resto é um pouco de cobre e de papel a que damos atenção a mais. E a moral... Acabamos todos debaixo da mesma terra.

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