Antropologia Aplicada
- Glória Martins
- May 11, 2016
- 2 min read
Sempre fui apologista de reaproveitar recursos.
E custa-me ver tantos colegas sem objectivos definidos, porque não têm como aplicar conhecimentos que adquiriram.
Acho que existe um mundo a ser explorado por vários antropólogos talentosos, que poderão dar um incentivo extra, facilitando a comunicação em comunidades e principalmente para as comunidades.
Penso não estar enganada quando digo que como antropólogos, temos necessidade de viver uma experiência autêntica.
Queremos sentir que ajudamos a melhorar algo.
Queremos dar uma resposta, racionalizar ou explicitar algo que possa ser compreendido como completamente irracional. Ou muitas vezes não é percebido nem apreendido.
Acho que devemos reaproveitar os recursos que temos, devemos pesquisar e fomentar essa pesquisa em nome das pessoas, com o foco nas pessoas.
E aplicar a antropologia ao nível empresarial não muda isso.
Não considero que seja vender a alma ao diabo, como por já diversas vezes ouvi.
Sim, aplicar a antropologia a nível empresarial pode ter os seus contras. Mas as mais valias que vejo são enormes.
Não se trata só de pôr uma marca ou um produto a vender. Por diversas vezes se trata de melhorar um serviço e centrá-lo nas pessoas.
Porque é esse o foco.
A pesquisa deve ser fundamentada nesse foco.
Gosto de acreditar que podemos ajudar a humanizar o mundo empresarial.
Fugir da responsabilidade não faz de nós mais úteis como antropólogos. Só nos retira o papel social que podemos ter.
Cuidar do espaço também é cuidar do outro. Cabe-nos a nós saber como centralizar a pesquisa, tornando-a verdadeiramente útil.
Não tenham medo de usar os vossos recursos para ajudar a melhorar serviços. Usem-se como avalanca para melhorias sociais. Precisam de estar disponíveis para ouvir. Os egos têm que ser postos de lado.
Para aprenderes tens que estar lá, onde está a incerteza. E para tornares algo especial só tens de acreditar que é especial.
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