Podia ser a história de um menino a festejar o seu aniversário, em que pede desejos enquanto trinca as velas do seu bolo, ambicionando que a guerra nem comece. Podia ser a história de um menino que sonha ser astronauta para conhecer as estrelas de perto ou veterinário para poder curar os seus ursos de peluche, enquanto dorme abraçado ao seu preferido. Podia ser a história de um menino que um dia iria governar o mundo com as suas ideias e projectos, que traria a paz e segurança a todos com a sua perseverança. Podia ser... Mas não é.
É a história de um menino que acabou cedo demais. Que acabou de começar e terminar.
A história de um menino que não pôde continuar a crescer seguro na sua casa, na sua segura cama, junto daqueles que juraram protegê-lo até ao fim, tendo como único receio as noites de trovoada em que se escondia debaixo do seu edredon.
É fantasia? Claro.
Contudo, começo a questionar-me que mundo real é este...
Quem tem o direito de dizer que uma vida vale mais do que outra? Vale mais para quem?
Quantos sonhos estão a ficar naquela água...?
Eles estão com medo de morrer. Nós estamos com medo de quê mesmo?
Para todos aqueles que sentem que não podem fazer nada, vivemos num mundo social e numa era virtual, podemos não tomar as decisões importantes, mas podemos fazer pressão social.
Sempre me ensinaram que um acto de carinho gera outro. Porque não tentar o efeito borboleta? A bondade, carinho e entreajuda não têm preço.
E termino com a frase que me assombra sempre: A terra é de todos. *